Monday, April 09, 2007

FACTO É FACTO, DE FACTO

posted by Francisco Eduardo on FBAUP 404
Quinta-feira, Abril 05, 2007


"NÃO TENHO DITO.
"Não tenho dito" é uma reflexão minha sobre o evento The Media Players. Não escrevo para contra-argumentar, nem para concordar, é simplesmente uma visão pessoal que acho necessária. Não vou ser humilde.

(Premissas)

Facto é, que é um evento que é por bem que existe.
Facto é, que gera opiniões que se mutam e não está desprovido do número – já aconteceu três vezes (o evento).
Facto é, que é um evento que ora convence ora desconvence.
Facto é, que tem um blog que já chegou a ter 80 comments a um post (incrível).
Facto é, que os comments foram omitidos desse blog pela equipa que o gere.

Facto é, que os organizadores não são profissionais (de organização de eventos, está claro).
Facto é, que o projecto tem desencaixes argumentativos.
Facto é, que há lugar para esses desencaixes e são parte do pretendido.
Facto é, que é ambíguo sobre ser ou não ser um trabalho para nota académica.
Facto é, que este último facto me incomoda.

Facto é, que é bastante pretencioso.
Facto é, que escolheu participantes.
Facto é, que os participantes aceitaram.
Facto é, que sou participante e sou pretencioso.
Facto é, que muitos participantes não estão a participar.

(deixem de ler os “factos és”, pensava que isto ia ficar mais curto.)

Facto é também, que se discute internamente sobre subversão das propostas.
Facto é, que não se discute externamente sobre subversão das propostas.
Facto é, que eu sou externo à Galeria Graça Brandão.
Facto é, que é participante aquele que quiser ser.

(Nota: entenda-se por facto, aquilo que eu, percepcionei como facto e nada mais do que isso.)

Eu na primeira hora entendo que o entendimento de uma repetição repetição , explicada logo à frente, a dizer que é propositadamente repetida, é habitualmente engraçado mas não é preciso explicar repetidamente sem conta. Para quem quiser ter o trabalho, estou a responder a mim mesmo, com grande classe, a um texto que escrevi recentemente como prefácio na revista aguas furtadas. Isto a propósito de contra-argumentações. Escrito, meu amigo, é mandatado, é credenciado, há sempre volta a dar. A gente tem tempo. - É verdade ou mentira Brandão?
-É mentira. –É verdade, és um aldrabão!
A propósito também, lembro-me agora que assisti já há uns anos a um debate político, entre dois lideres partidários, em que o primeiro falou sobre o alegado programa do seu partido. Deixou de seguida o outro contra-argumentar e este fê-lo acesamente, ao que o primeiro respondeu: - o que eu estive a ler foi o proposta eleitoral do seu partido! - E esta?




As pessoas têm receio daquilo que não entendem. Por vezes sinto-o no Media. Habituei-me a ter, pois claro, um olhar bastante analítico sobre as coisas e principalmente sobre aquelas que menos facilmente me prenderiam durante tempo longo. Uma imagem por exemplo. É proibido, mas pode, ser só bonita e ter um entendimento muito próprio de imagens e não de palavras! Não sou contra o microfone, nem contra a tertúlia gerada habitualmente no players. Mas the facto sinto que à pouco espaço de visualização, para uma dissecação tão rápida e conclusiva. Senti muito do que falo, neste último evento, precisamente porque gostei muito da imagem que escolhi, não era uma subversão à proposta e não teve a atenção merecida. Nem todos temos as mesmas mochilas, e não se queira portanto que o entendimento seja universal. A imagem em causa foi feita a partir do vídeo do João e do João, foi feita com toda a seriedade, e disso não haja dúvidas. Não quero fazer uma relação directa porque isso não me interessa.








Não querendo acrescentar mais, ainda bem que existe o projecto. Eu como o facto número dois me diz, há dias que gosto muito, há outros (e só sobra um) que gosto menos, mas não chego a não gostar. Abraço e parabéns aos autores, principalmente ao Jorge que tem apanhado por tabela. A.A.


ah, esqueci-me deste lá em cima:
Facto é, que apareceram três trabalhos muito idênticos."

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